domingo, 13 de janeiro de 2008

Estilhaços . . .



Minha alma quebrada em pedacinhos,
Estilhaços imprecisos e diversos,
Dispersos pelo chão, reluzentes
Como estrelas num céu refletido nas águas de um lago
Onde busco reconhecer-me . . .

Sou a memória de um lugar
Onde já fui feliz . . .
Meu Deus, outrora eram girassóis com largos sorrisos
Para dias infinitamente claros, céu azul, odor de frutas maduras! . . .

Outrora, tecia a vida com fios de sonhos
E era feliz!

Minha alma errante perdeu-se pelos atalhos da vida,
Ébria de encantamento,
Sonhando com as cores do arco-íris . . .
As ilusões esvaíram-se etéreas, farrapos de nuvens levadas pelo vento outonal.

Quedei-me sóbrio, atônito, diferente de mim,
Aparvalhado diante do chão reluzente
Dos pedacinhos de minha alma,
Imprecisos, dispersos . . .

Oliveira

Um comentário:

Unknown disse...

Oliveira ,
Tua poesia é linda, fez-me lembrar de um tempo feliz...Comoveu-me a maneira que usaste em expressar teu sentimento.e vejo quantas estradas e caminhos trançados em seu interior .Muito bem poeta,sucesso e que em 2008 possas alcançar todas as metas desejadas por ti.
bjs de sua amiga Nina anin