sábado, 2 de fevereiro de 2008

O homem velho



O homem velho descobriu que a vida é uma escola
Onde se aprende a ter paciência para viver e não sofrer;
Sabe que a realidade só pode ser vista, irremediavelmente,
em preto e branco;
Que somente a fantasia apresenta-se, totalmente, em cores.
Simplesmente caminha
Sem se preocupar para onde vai ou por onde vai . . .
Vai por onde o levam seus passos . . .
Aprendeu que o coração comporta-se como uma criança
Que não mede a conseqüência de seus atos;
Conhece o gosto amargo da taça dos desenganos,
Descobriu a inutilidade de lutar contra o fantasma da solidão,
Guarda com carinho as lembranças de uma infância feliz
E não alimenta sonhos quanto ao futuro,
Porque intui que ele virá fugaz como as aves de arribação . . .

Oliveira

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Poemeto 07




Teu medo, tua indecisão desafinam a orquestra
Que embala meu sonho de vivermos um grande amor
E fazem com que a lua,
Que idealizei para enfeitar nossa noite,
Despregue-se e fragmente-se inútil,
Inútil como meu amor por ti.

Oliveira