quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dadaísmo 01


Sem nós dois, o que resta sou eu,
Eu assim tão só.
Assim eu não vivo,
Eu morro pensando no nosso amor.
A saudade existe
E se vem, é tão triste!
Entenda que assim eu não vivo.
Olhei a vida e me espantei:
Eu tenho mais de vinte anos,
Eu tenho mais de vinte muros,
O sangue jorra pelos furos.
Eu quero as cores e os colírios –
Meus delírios.
Invento um cais
(Saveiros partem embandeirados para destino-solidão),
Invento mais que a solidão me dá,
Invento o mar,
Invento em mim o sonhador.
Sem teu amor, eu não posso viver.
Ah, o amor, quando é demais, leva a paz,
Entreguei-me sem pensar,
Entenda-me,
Assim eu não vivo,
Eu morro,
Pensando no nosso amor.

Oliveira

4 comentários:

Anônimo disse...

Doce e triste apelo de amor!
Se ela o ler por certo voltará correndo pois não se deixa de lado um amor assim, tão rato!
Recebi e agradeço o recado deixado no Recanto.
Não sou poeta como você, mas tenho algumas tentativas de expressar-me através dos versos.
O meu forte são os contos. Você gosta de contos?
Espero a sua visita nos meus blogs, se quiser dar-me esse prazer.
Uma boa noite cheia de bons sonhos embalados por sua alma de poeta!

Histórias e Versos disse...

Meu nobre poeta,
Fico feliz com seu retorno ao blog; já não era sem tempo.Pôxa, seus poemas são de uma profundidade, densidade que comovem e encantam. o lirismo e a força de sua metáforas são mágicas, com as quais, nós, pobres mortais, podemos voar e até transcender. Obrigado mais uma vez, meu grande poeta e amigo, pelos belíssimos poemas. Seu blog tornou-se já parada obrigatória.
Um abraço fraterno,
Marcos Vinícius.

Rose Tunala disse...

Lindo seu poema.
Saudades são ótimas inspirações.

***Beijos***

Rose Tunala disse...

Lindo seu poema.
Saudades são ótimas inspirações.

***Beijos***